2016 foi um ano difícil?
Olha eu não diria difícil, ao menos pra mim. Foi um ano de
desafios, muitos deles, coisas que eu não encarava a um certo tempo, por medo,
mas que enfim pude enfrenta-los.
No começo do ano foi bem difícil, tive que aguentar aquele
trabalho que mal me pagava, e ainda atrasava o salário todo o mês.
Tive uma crise de pânico, coisa que eu nunca na minha vida
imaginei passar, mas aconteceu, e felizmente eu reagi bem a isso, mas demorou
um pouco pra superar.
Larguei do trampo que só estava me enchendo o saco, e já
estava quase tudo pronto pra minha viagem.
Viagem essa que só tenho a agradecer por tudo que passei por
lá. Aprendi a valorizar qualquer tipo de trabalho, qualquer trabalho é um bom
trabalho desde que você receba bem, e tenha uma qualidade de vida dentro do
aceitável.
Conheci diversos lugares, e a maioria daqueles que você só
vê em filme, posso dizer que quando você visita esses lugares você se sente
muito realizado, e agradecido por esta ali vivendo aquele momento, e em certas
situações você até se pergunta, será que eu estou sonhando?
Conheci muitas praias, a maioria delas em New Jersey, uma
das coisas que eu mais gosto nessa vida: Conhecer Praias! Tudo isso graças ao
trabalho que fazia junto com o meu pai, e quem disse que trabalho duro não tem
lá suas recompensas?
Experimentei mais de 38 tipos de cerveja diferentes, fato
que nunca conseguiria fazer aqui no Brasil em 6 meses. Algumas dessas cervejas
eram horríveis, mas em sua maioria eram todas boas. Uma das coisas boas que eu
aprendi em um dos meus últimos trabalhos com marketing é não ter medo de
experimentar novas comidas, bebidas e etc. Por mais que você coma algo ruim, o
que vale é a experiência.
Tive o desafio de estar em um país diferente, onde você não
domina muito bem a língua local e mesmo assim você tem que se virar, por que se
não você não aproveita nada do lugar.
Confesso que nas primeiras vezes em que sai sozinho no meio
daquela cidade gigante, maior que São Paulo, fiquei com um pouco de medo de me
perder, mas ai você lembra que tem o celular com internet, e que qualquer coisa
é só jogar no google que você não estará perdido. Mas mesmo assim ainda bateu
aquele medo, aquela insegurança.
Confesso que achei que teria mais uma crise de pânico, mas
ao chegar na estação do World Trade Center confesso que ali todo o medo foi
embora, parei e pensei: mano olha onde eu estou, olha esse lugar que
maravilhoso, se eu me perder: foda-se eu vou curtir isso aqui, vou viver, me
arriscar. E veio aquela onda de endorfina no sangue que provavelmente me deu
coragem pra seguir. E dali pra frente não tive mais medos. Sair sozinho era a
cada vez uma nova aventura, uma autodescoberta, e um reencontro comigo mesmo,
redescobri como me divertir sozinho.
Confesso que as vezes sair sozinho bate uma deprê, mas se
você está aberto a todas as possibilidades você acaba conhecendo alguém no role
pra ter uma conversa, o único problema é que se o seu inglês não é tão bom (o
que era ou ainda é meu caso) a conversa fica meio limitada, mas se a pessoa
tiver um pouco de paciência você não terá muitos problemas.
Pra não dizer que 2016 foi um ano só de flores, teve alguns
momentos, momentos esses que ainda rondam a minha cabeça como um fantasma que
nunca vai embora, e vive me atormentando todo dia. Fantasma esse que vive só
nas minhas lembranças e nos planos futuros que foram deixados para trás. Difícil
esquecer, tirar todos esses pensamentos da cabeça, e até agora eu não consegui.
Mas estamos ai, vivendo, metendo vários loucos na vida,
aproveitando, tentando seguir novos rumos. Rumos esses que talvez mude minha
vida de uma forma que eu não queria, mas devido as circunstancias e as
oportunidades que tem me aparecido, talvez esse seja o único caminho.
Vamos ver o que a vida reserva pra mim nesse ano que está só
começando. Tenho mais incertezas do que qualquer outra coisa passando pela
minha cabeça, mas mantendo o foco acho que as coisas iram andar bem.